Acredito que toda mãe busca a
felicidade dos filhos, nós mães de bebês que nasceram prematuros, buscamos sim,
e também, a felicidade de nossos filhos, mas antes de tudo a sua independência.
Quando uma criança é especial a sua percepção espacial – que em todas as
pessoas depende do corpo (fisicidade) – é diferente, especial. As percepções
destas crianças, muitas vezes, são mais vagarosas, outras são hipersensíveis e,
às vezes, a mesma criança apresenta áreas com muita sensibilidade e outras com
ausência da mesma.
Assim é mais difícil, junto com
as limitações motoras que a maioria apresenta, usufruir os espaços, ou como
falamos em arquitetura, habitar aquele espaço...ao habitar os espaços, tanto as
crianças como nós adultos, com limitações ou não, tomamos aquele espaço como
uma extensão do nosso corpo e assim acontece a fruição espacial. Para os nossos
pequenos este habitar será menos autônomo e isto muito me preocupa. Andar,
falar, mudar de lugar, utilizar um mobiliário, entrar no cinema, comprar em uma
loja, sentar em uma carteira na escola serão, para as crianças especiais , como
as nossas, atividades que demandarão um dispêndio de energia, diferentemente
das demais pessoas que as fazem naturalmente.
Por isso acredito que estamos
sempre em busca de novos tratamentos e novas possibilidades de independência e
autonomia no uso dos espaços pelos nossos filhos. O que quero para minha filha
não vai além da possibilidade de que ela se locomova sozinha, que faça tudo o
que quiser de forma independente...esta será a minha idéia de felicidade...que
ela não precise de mim para estar nos lugares e fazer o que der na telha...este
é o meu desejo para todas as crianças especiais...
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