Venho lutando para retirar o uso constante que a Helena faz
do corticóide inalatório (budesonida). Os pneumologistas que a acompanham
(três) têm opiniões variadas sobre o uso do corticóide, mas a pediatra é
categórica em dizer que ela precisa e que o corticóide vai ajudar na prevenção
das crises alérgicas e gripes. Enfim, a tentativa de retirar foi mais por
insistência minha...fico receosa com o uso constante e em alta dosagem (a da
Helena é a mais alta receitada 800 mcg/dia divididas em 2 pufs pela manhã e
dois pufs à noite).
Todos nós sabemos do efeito deletério dos corticóides em
longo prazo, pois além de imunossupressores eles causam danos à visão e ao
funcionamento de órgãos como os rins...mas resta saber, como desde o primeiro
dia de vida da Helena, o que mais vale a pena: uso do corticóide e
acompanhamento constante para evitar problemas maiores ou crises respiratórias
sucessivas alérgicas, virais e bacterianas devido à fragilidade dos pulmões?
Um médico na UTI me disse uma vez que nenhuma gota de
medicamento ministrada sairia impune, ou seja, todos os remédios tomados
possuem graus diferenciados de efeitos colaterais e eles seriam vistos mais
cedo ou mais tarde na vida da Helena. Na UTI as situações são sempre
relativizadas pelo quesito SOBREVIVÊNCIA, o que é pesado ao se receitar
qualquer medicação ou realizar os procedimentos é se com eles o bebê
sobreviverá – daí remédios e procedimentos agressivos são ministrados e feitos
com a naturalidade de se tomar um comprimido para dor de cabeça (não que não
existam remédios para dor de cabeça bastante agressivos).
Como a Helena já teve sua superdose de medicação e
procedimentos na UTI ficamos sempre atentos para não ceder ao primeiro pedido
de exame ou começar a medicá-la sem critério ou “só para ver se funciona” , daí
a minha vontade de cessar o uso do corticóide. Mas enfim voltamos ao
pneumologista que a atende em OP e ele também é da opinião de que ela precisa
do corticóide continuamente...fazer o que? O inverno começou forte por aqui e
as crises respiratórias também, por isso voltamos ao uso do corticóide com a
esperança de que a Helena sairá com uma saúde melhor num futuro próximo e que
seus efeitos deletérios não tenham reflexos graves a curto, médio ou longo
prazo...
Como diz uma amiga “nestes momentos ser mãe é padecer na
Paraíba...”!
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