Este ano resolvi não postar nada
na data de nascimento da Helena e do Jorge (11/07), achei mais justo postar
hoje, o dia em que nossa família renasceu, cada um de nós, eu, Guilherme, Jorge
e Helena nos tornamos pessoas diferentes, no início impactadas de forma
aterradora e hoje melhores, mais fortes e independentes.
Hoje, 29/07 fazem quatro anos que o Jorge morreu, este dia e este acontecimento foram assuntos de diversos posts e cada vez mais reconheço os desdobramentos que com o tempo surgem nas nossas vidas. O tempo é mesmo redentor, a saudade doída, cada vez mais cede lugar às doces lembranças, se sentimos falta, principalmente daquilo que não vivemos? É claro! Se queríamos e continuamos querendo que fosse diferente? Lógico! Mas vivemos melhor hoje com o que aconteceu.
Hoje, 29/07 fazem quatro anos que o Jorge morreu, este dia e este acontecimento foram assuntos de diversos posts e cada vez mais reconheço os desdobramentos que com o tempo surgem nas nossas vidas. O tempo é mesmo redentor, a saudade doída, cada vez mais cede lugar às doces lembranças, se sentimos falta, principalmente daquilo que não vivemos? É claro! Se queríamos e continuamos querendo que fosse diferente? Lógico! Mas vivemos melhor hoje com o que aconteceu.
Neste dia, há quatro anos atrás
Jorge reviveu na eternidade do amor, eu e Guilherme nos tornamos inicialmente
amargos e céticos como nunca pensamos ser capazes e a Helena, ah a Helena,
sofreu uma perda que só ela pode mensurar. O reflexo, uma sepse súbita que
levou à cirurgia emergencial de fechamento do canal arterial (que liga coração
e pulmão) e uma meningite bacteriana responsável por algumas das sequelas que
ela apresenta hoje. Tudo de uma vez só! Lembro bem da médica se desculpando por
me dar notícias tão aterradoras, para quem já estava se sentindo à “sete palmos”
e lembro bem do que pensei “meus filhos estão entrando em colapso...eu não
tenho este direito!”. Assim depois de enterrar o Jorge voltamos ao hospital
para acompanhar a cirurgia da Helena...com certeza o dia mais longo de nossas
vidas.
Mal sabia eu que estes primeiros
dezoito dias se transformariam em 120 dias de internação na UTIneo e muitas
surpresas agradáveis e terríveis...mas no final sobrevivemos! Estamos aqui para
contar, relatar e dizer que “a vida é mesmo coisa muito frágil, uma bobagem,
uma irrelevância diante da eternidade do amor de quem se ama...” (Nando Reis)
Não é porque você não está vivo
que não sentimos você e por você Jorge...te amamos...Parabéns meus pequeninos!
Viva a vida, seja ela em que plano for!
Ultrassom do Jorge e da Helena
(20 semanas de gestação)...vida...irmãos...vivos e juntos, como nos nossos
corações!!!