segunda-feira, 15 de abril de 2013

NÃO É NADA FÁCIL

Não canso de admirar as mães especiais que levam com leveza (pelo menos nos relatos) as diferenças entre as outras crianças e seus filhos...toda vez que vejo a Helena junto com outras crianças começo a perceber com clareza as diferenças, não que todas as crianças sejam iguais, mas os déficits, principalmente àqueles ligados à atenção, aos olhares e à apreensão são cada vez mais visíveis e ao invés de lutar contra tenho me deixado ficar triste com isso.

Ultimamente acho que preciso viver esta realidade da forma que eu sinto...com tristeza, não sou triste porque tenho a Helena como filha. Eu a amo profundamente do jeitinho que ela é, mas não deixo de ficar triste pelas diferenças que percebo ligadas à lesão cerebral que ela apresenta e, de verdade, não quero me sentir mal por ficar triste, não vou me justificar por isso, não vou pedir licença a ninguém para me sentir como me sinto. Esta é a minha vida, com a minha filha, por quem lutei bravamente e luto até hoje...posso me sentir como quiser e neste fase estou triste, triste, triste...simples assim...


4 comentários:

  1. Sandra, outro dia assisti uma reportagem no fantástico e me emocionei demais. Lembrei bastante de vc e pude ver, naquele momento, os sentimentos que te rondam, mas pude ver também que um deles sobressai aos outros. O amor incondicional. E desse amor nasce as forças necessárias pra vencer todos os obstáculos. Ficar triste? Porque não? Vc tem esse direito. Mas, logo depois é hora de erguer a cabeça, levantar a poeira e seguir em frente. Helena escolheu vc como mãe porque sabia que seria muito amada. E ela não precisa de mais nada, Só disso. Do seu amor, da sua cumplicidade e muitas vezes só de um abraço. E tem coisa mais gostosa que um abraço de uma mãe? Só de um filho. Então... não se deixa abater, abra um sorriso, corre lá e enche a Helena de abraços, beijos e carinhos.

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  2. já passou? oh, vim aqui só pra dizer q isso é totalmente normal e até saudável. seria muito estranho acharmos tudo sempre um mar de rosas. como se ter um filho especial fosse a coisa mais legal do mundo. é claro q não é. mas é sensacional o q conseguimos fazer pra q isso se transforme em tantas coisas. a maior delas, em amor. a vida é aprendizado. e nós, mães especiais, aprendemos do jeito mais difícil. mas aprendemos mais. isso é um fato tão claro quanto às diferenças entre nossos filhos e as outras crianças. beijo enorme em vc e na Lelê!

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  3. Não tem como não vermos essa diferenças, especialmente por sermos mães de crianças especiais. Eu também me pego nestes momentos, mas sei o quanto meu filho é bom sendo do jeito que é e às vezes me faço a pergunta oposta: Será que se meu filho fosse "normal" seria tão carinhoso, tão afetuoso e tão companheiro?

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