terça-feira, 22 de novembro de 2011

CABEÇA, JOELHO E PÉ...

Resta saber quando os pequenos deixam de ser uma "caixinha de surpresas", acho que nunca...a Helena apresenta vários atrasos no desenvolvimento motor, não rola, não engatinha e claro, não anda. Apesar de ter bom controle de tronco e cabeça além de usar as mãozinhas "normalmente" ela não consegue sair daí e então vão surgindo os problemas que são consequência do corpo não fazer o que já deveria estar fazendo. Hoje a fisioterapeuta que a acompanha aqui em Ouro Preto chamou minha atenção para o quadril da Helena.
Eu, como mãe "neurótica" já tinha reparado que a Helena está sempre "tombada" para a esquerda, ela vai tentando compensar para não cair para o lado e nesta tentativa fica com a cabeça totalmente caída para a direita...enfim um problema postural que a fisio, eu acreditava poderia resolver.
Ledo engano, como o pezinho esquerdo que virou para dentro e que as palmilhas estão ajudando a resolver o quadril possivelmente precisará de uma intervenção - de que tipo ainda não se sabe. Assim lá vai a mamãe para Belo Horizonte fazer uma avaliação com a fisio de lá e o ortopedista para ver no que vai dar. Estamos sempre no "fio da navalha" entre o "que bom que ela conseguiu sentar" e o "a cabeça, o joelho ou o pé, neste caso o quadril" precisa de uma atenção especial e de intervenção, o mais precoce possível é o que sempre tentamos. Enfim a cabecinha está tombada para a direita, o joelho esquerdo está fletido (acreditamos que devido a torção no quadril) e o pé esquerdo virou para dentro e as palmilhas são um primeira tentativa para adiar o uso das órteses...ai ai cabeça, joelho e pé...e sempre em oração porque sabemos que Deus tudo pode.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

LIMITES SIM! TALVEZ, QUEM SABE...

Aff...como admiro as mães que dizem NÃO com força, coragem e determinação. A minha mãe foi assim e muito acertou conosco, pelo menos é o que parece. Estou tentando aprender a difícil arte de dizer não e dar limites a Helena. Apesar de muito pequenina ela já tem uma personalidade, se assim podemos definir, bastante forte e voluntariosa. Na UTI uma médica me disse que eu teria trabalho com ela porque ela era muito voluntariosa, achei graça. Como um bebê de 700 gr, na época da conversa, poderia ser voluntariosa? Viche! Ela tinha razão, e eu, hoje, vejo que preciso impor alguns limites. Hoje ela queria porque queria "futucar" o teclado do computador - explico: ela gosta de, com o dedinho indicador, arrancar qualquer coisa que tenha uma  aba possível de ser puxada - e o teclado é uma festa, meu computador já está todo capenga. Solução - se for mexer no teclado não vai ver "palavra cantada"...e ela, vejam vcs mesmos...birra total, mesmo assim fechei o computador e chamei a atenção dela para outras coisas...ufa...





e tava toda bonitinha minutos antes, de alcinha, coisa rara aqui em Ouro Preto...



a outra coisa...carregador do celular...pelo menos a birra parou...


flashes do feriadão no sítio da vovó Nega...cantinho especial bem pertinho aqui de Ouro Preto - amou ficar horas na rede e no balanço na varanda vendo os passarinhos e a chuvinha caindo.






 e aqui só para registrar que a mamãe acha lindo me encher de "tic-tacs"...


terça-feira, 8 de novembro de 2011

O QUE UMA MÃE PODE ESPERAR DO FILHO

Replicado do site da Andrea mãe do Eduardo, não resisti...vale para todo mundo...texto maravilhoso de um colunista da revista época chamado Bruno Astuto.

O que uma mãe pode esperar do filho


"O drama de toda mãe é saber se ela foi boa o suficente, e ser boa significa ter o filho encaminhado na vida, agindo dentro das fronteiras do caráter, que ele encontre um grande amor (não tão grande como ela, claro) e que ele seja feliz. Do momento em que engravida até o último suspiro, uma mãe jamais terá certeza de que deu o melhor de si e que agiu corretamente na maioria das situações difíceis que se apresentaram a ela. A única coisa que uma mãe sabe é que amou profundamente aquele ser, mais às vezes do que a si própria.
Uma mãe com um bebê no colo ignora o que o futuro lhe reserva: se ela terá leite suficiente, se o pai estará presente ainda que eles se separem, se as mães dos amiguinhos dirão que ele é um anjo de comportamento, se o filho vai andar cedo ou tarde, se tirará boas notas na escola, se vai sofrer na mão das mulheres, se vai arrumar um bom emprego, se não vai sofrer nenhum acidente, se vai telefonar quando sair para beber com os amigos, se não sucumbirá às glórias e às ilusões deste mundo. Uma mãe nasceu para ver o coração quicando da boca ao estômago, mas pelo menos ele sempre estará cheio.
Aquele ser indefeso na maternidade pode se tornar um médico competentíssimo, um empresário de sucesso, um advogado cheio de ideais, o presidente do Brasil ou até um perigoso traficante de drogas. Por acaso a mãe do Polegar imaginava que seu bebê um dia seria preso no Paraguai, acusado de chefiar uma das maiores quadrilhas do Rio de Janeiro? Se soubesse, ela o teria abandonado no hospital?
Pois me chocou muito o recente caso dos pais que abandonaram seu bebê com Síndrome de Down num hospital do Rio de Janeiro. Ter um filho com a síndrome não é fácil: a sociedade vira as costas para essas crianças, que precisam lutar muito para descobrir meios para sobreviver num mundo que infelizmente não foi feito para elas. Mas suas deficiências terminam aí.
Não sei o que motivou esse casal a cometer tal ato abjeto, se foi o desespero, a inexperiência, um momento de insanidade. Mas nenhuma das alternativas o isenta do fator crueldade e do desprezo pelo que é humano. Eles se ativeram a um dado genético e mental de seu bebê, e não se deram conta de que colocar um filho no mundo, seja ele deficiente ou não, é um gesto de loteria. Pior do que ter uma criança com Síndrome de Down é criar um filho sem caráter.
Eu tive a sorte de conviver com uma irmã com Síndrome Down, a Emi, que acabou se tornando uma filha e infelizmente se foi no ano passado. Por ter sido abençoado com sua presença iluminada, sempre achei curioso dizer que alguém era especial, excepcional ou deficiente. No meu repertório, essas palavras nunca existiram, porque as diferenças entre os seres humanos sempre foram encaradas por mim e por minha família como uma coisa natural, como ter cabelo preto ou louro, encaracolado ou liso, ter a sobrancelha fina ou mais grossinha. Em casa, essas bobagens jamais tiveram importância, simplesmente não existiam, como não existem até hoje.
Em algum momento da vida, todos nós acabamos por enfrentar alguma deficiência, algum obstáculo. Seja para comprarmos o carro que desejamos, construirmos a casa com que sempre sonhamos, precisarmos de óculos para ler ou assistir a um filme, encontrarmos energia para brincar com os filhos depois de um dia de intensa labuta.
Só fui capaz de entender isso por causa da minha irmã, que realmente era especial, porque ninguém me amou de uma maneira tão profunda, pura e irrestrita, fazendo com que eu e a todos que a cercaram, em seus 53 anos de vida, nos sentíssemos verdadeiramente únicos. E ela também era excepcional, porque, no mundo de hoje, esse amor tão cristalino, tão generoso e sem limites infelizmente virou uma exceção. E excepcional vem dessa palavra: exceção.
Emi ganhou várias medalhas esportivas, foi pintora e grande pianista, fez aula de inglês e recebeu várias faixas de Miss colecionadas nas excursões que fazia pelo Brasil e pelo mundo. Tinha planos de se casar com o Rei Roberto Carlos, mas depois mudou para o Daniel. Gostava de sorvete de abacaxi, sundae de caramelo, banana split, mamão amassado de sobremesa. Era muito amiga dos amigos, dava tchau para todas os desconhecidos da rua como se fosse atriz de cinema,  pedia por favor e dizia obrigada para tudo, adorava cachorrinhos (mas só os pequenos), e ouvia música o dia inteiro. Fossem Natal, aniversário ou Dias das Crianças, não queria carrinhos, bicicletas ou viagens: só gostava de ganhar canetinhas de tampa branca e cadernos para colorir. E usava meias pretas com tênis brancos. Um dia eu perguntei: “por que você só usa meia preta”? E ela: “porque é moda”.
Outro detalhe fundamental: ela tinha a idade que queria. Passou muito tempo com 28 anos, depois aceitou fazer 32 e, nos últimos anos, estava com algo entre 36 e 39 anos. Em sua última festinha de aniversário, já meio fraquinha, alguém comentou que ela estava completando 53. E, quase sem voz, ela corrigiu: 39. Essa também era a Emi, que tampouco nunca confiou em escadas rolantes.
A melhor definição que ouvi sobre Emi e todas as pessoas iguais a ela veio de minha mãe: são anjos de asas curtinhas, que precisam da nossa ajuda para voar. Mas acontece que todos nós nos vemos, mais dia menos dia, com as asas curtinhas, porque viver não é brincadeira. E são pessoas únicas como ela que fazem o movimento contrário, e nos ajudam a voar, num gesto de abundante generosidade.
Tenho muita pena desses pais que abandonaram seu bebê Down no hospital. Eles jamais conhecerão a dor de enfrentar o mundo para torná-lo um lugar mais digno para os nossos deficientes. E tampouco conhecerão a delícia de acordar melhor com as lições que eles nos ensinam todos os dias.
Eis a única coisa que uma mãe pode esperar de seu filho: que ele a surpreenda."

CLIQUE...CLIQUE







PAPAI DOTÔ

Meu papaizinho querido agora é dotô....uff...eu e mamãe ficamos aliviadas com o final da odisseia doutorado...você nem fazia a barba e nem cortava cabelo...rs...rs tava até te estranhando papai...


Parabéns para mim e para a mamãe também por aguentarmos até o fim sem perder a ternura...rs...rs...
PARABÉNS PAPAI TE AMO!!!!

sábado, 5 de novembro de 2011

PORQUE AS MÃES FICAM DOENTES

As mães ficam doentes porque não são de ferro e, como simples mortais que somos, corremos os mesmos riscos que as demais pessoas. Portanto, ESTOU DOENTE!!!!!!!!! Aff....muito gripada e com uma mega conjuntivite, segundo meu marido estou parecendo um boxeador pós derrota...delicado não? A reza aqui em casa é para que a Helena não pegue...aí sim vai ser barra pesada. Para que isto não aconteça tomamos providências práticas tipo "socorro mãe vem ficar com a Helena!" e ela veio, meio caminho andado. No mais estou sem pegar na minha boneca e ela...NEM AÍ PRA MIM! Está toda toda com a vovó e o papai por conta dela...acho que ela está até satisfeita com o descanso de mamãe.
Já eu...estou morta de vontade de apertá-la e abraçá-la como faço todos os dias, ao contrário disto estou me mantendo à distância e fico só ouvindo os bébé, papai e rrrrrrr que ela faz o dia todo...já estou devidamente medicada e fazendo um repouso forçado que não me permite nem colocar o atraso de trabalhos a ler e avaliar em dia...tá difícil de ler, no computador o zoom tá "acionadíssimo"...só assim para conseguir enxergar.
Enfim mães não deveriam ficar doentes, mas...acabam ficando.